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Três categorias de simulacros:
simulacros naturais, naturalistas, baseados na imagem, na imitação e no fingimento, harmoniosos, otimistas e que visam a restituição ou a instituição ideal de uma natureza a imagem de Deus,
simulacros produtivos, produtivistas, baseados na energia, na forca, na sua materialização pela maquina e em todo o sistema da produção - objetivo prometeico de uma mundialização e de uma expansão continua, de uma libertação de energia indefinida (o desejo faz parte das utopias relativas a esta categoria de simulacros),
simulacros de simulação, baseados na informação, no modelo, no jogo cibernético - operacionalidade total, hiper-realidade, objetivo de controle total.
A primeira categoria corresponde o imaginário da utopia, A segunda a ficção científica propriamente dita. A terceira corresponde - haverá ainda um imaginário que responda a esta categoria? A resposta provável e que o bom velho imaginário da ficção científica morreu e que alguma outra coisa está a surgir (e não só no romanesco, também na teoria). Um mesmo destino de flutuação e de indeterminação põe fim a ficção científica - mas também a teoria, como gêneros específicos.
Jean Baudrillard - Simulacros e simulação (1981)